quinta-feira, 11 de maio de 2017

ENTREVISTA C/ Tally Gaia da Trupe Dobradores de Arte de Caetité

1 – VOCÊ JÁ CONHECIA O PROJETO MOSTRA DE TEATRO DO VELHO CHICO DA REDE E SEUS PRODUTORES?
Sim. Conheci quando da I Mostra que ministrei oficina em Ibotirama.

2 – COMO OCORREU O PROCESSO DE PARTICIPAÇÃO DO GRUPO DE TEATRO NESSA III MOSTRA DE TEATRO DO VELHO CHICO?
Após meu contato inicial com a Mostra em Ibotirama, organizamos junto a Rede a participação dos Dobradores na II Mostra realizada em Bom Jesus da Lapa, e em conversas anteriores a II Mostra já se planejavam ações mais consistentes em Rede. Caetité foi escolhida para sediar a III Mostra e então começamos a produzir espetáculo novo para apresentação na III Mostra, assim como a maioria dos grupos participantes da Rede e que demonstrou interesse antecipado em participar da Mostra.
3 – SOBRE UM ASPECTO GERAL, O QUE VOCÊ PODERIA NOS FALAR SOBRE O PROJETO, AS OFICINAS E O FECHAMENTO.
O Projeto da Mostra vem se tornando ao longo desses últimos anos, através da apropriação do conceito de Rede pelos grupos que a compõe, que trabalham constantemente, e mantém o teatro vivo e suas cidades e região, um ponto de confluência de qualidade técnica de espetáculos, de busca de qualificação via oficinas oferecidas e de discussões pertinentes a temática Rede, em busca do constante entendimento do como se move uma rede para que os peixes sejam pescados na sua melhor fase de crescimento.
4 – QUAL O APRENDIZADO QUE O PROJETO DEIXOU NA SUA VISÃO?
Foram diversos ‘aprendizados’ o de descobrir que a Rede está se fortalecendo gradativamente; de que a Mostra vem ganhando força, enquanto espaço de formação via oficinas e possibilidade de visualização de espetáculos de diferentes perspectivas; a percepção de que qualquer município pode sediar a Mostra; Compreender que precisamos estar atentos aos editais do governo do Estado da Bahia; Que temos que começar desde já a articulação em nossos municípios para garantirmos nosso deslocamento para a mostra de 2018.
5 – FALANDO UM POUCO SOBRE VOCÊ, ALÉM DO GRUPO DE TEATRO NA QUAL VOCÊ FAZ PARTE DA DIREÇÃO, EM 2013 A REDE DE TEATRO DO VELHO CHICO COMEÇOU AS ATIVIDADES, FALE SOBRE ESSA APROXIMAÇÃO, NOS FALE UM POUCO MAIS DOS PROJETOS NOS QUAIS TEM ATUADO E ALGUNS DOS PROJETOS NO QUAL ESTÁ ENVOLVIDO.
A aproximação com a Rede veio em 2015, quando da I Mostra. Quando ouvi da Mostra me interessei, sempre achei pelas vivências com o FESTCASA aqui em Caetité, que os espaços de festivais e mostras não-competitivas são os melhores para se criar laços teatrais coletivos, compartilhar experiências, trocar contatos é o local onde se partilham as melhores experiências. A Trupe dos Dobradores de Arte, vem há 10 anos mobilizando, se capacitando, multiplicando e criando possibilidades de ampliação do número de grupos teatrais na cidade e formando plateia de teatro em Caetité. Meu trabalho atual é com Contação de histórias, oficinas de teatro e de contação de histórias, além de montagem de espetáculos com os Dobradores de Arte e Núcleo de Teatro da Casa Anísio Teixeira.

6 – ALGUM DOS PROJETOS EM QUE JÁ TRABALHOU SE ASSEMELHA AO PROJETO III MOSTRA DE TEATRO DO VELHO CHICO?
Sim. Os festivais de Teatro realizados pela Casa Anísio Teixeira os FESTCASA I, II, O Pré-II Festcasa e Festcasa em Movimento, tinham formato similar ao da Mostra. Mas entendo que a mostra ganha quando opta para que as atividades de formação, e espetáculos não aconteçam simultaneamente. O II Festcasa mesmo teve um formato megalomaníaco, com mais de 22 espetáculos de teatro, dança e música e muitos desses os próprios artistas interessados não conseguiam assistir. Precisamos só descobrir ainda, como garantir a participação mais efetiva de todos os grupos nas oficinas e permanência dos grupos, em todos os dias de Mostra para potencializar as discussões e os intercâmbios. Talvez devamos pensar a próxima Mostra para um feriadão prolongado.

 
Caetité, demonstrou o quão importante é o trabalho de formiguinha de formação de plateia. Na III Mostra pudemos nos encantar com um público record em todos os dias de evento. E também os grupos de teatro locais, estiveram presentes na medida do possível, por ser em nossa cidade a Mostra, os atores que tem outras atividades, trabalhos efetivos tiveram dificuldade de participar das oficinas pois aconteciam em horário comercial. Por isso penso que um feriadão seria a melhor data para Mostra. Os Dobradores de Arte, tiveram a mesma dificuldade em participar, pois por trabalharmos quase que todos na CAT, algumas outras atividades marcadas no mesmo período, interferiram na nossa participação efetiva, além de estarmos estreando o espetáculo na Mostra e isso foi um caos, pois haviam muitas coisas inconclusas que nos deixou numa pilha para solucionar durante a oficina. Os grupos locais, exceto o Imagem e Ação que já havia estreado, passaram todos por essa mesma angústia de inconclusão dos detalhes para a estreia.

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