terça-feira, 14 de novembro de 2017

O Núcleo de Artes Cênicas da Casa Anísio Teixeira Apresenta: O CASAMENTO DO PALHAÇO

Uma comédia romântica que nasceu pelo desejo de continuidade de pesquisas e práticas que buscam desenvolver uma dramaturgia mais complexa dentro da palhaçaria. O espetáculo extrapola os limites de profundidade dos números clássicos e esquetes convencionais, utilizando as técnicas da palhaçaria e circense para narrar a história de um palhaço/mágico que no dia do seu casamento é abandonado pela noiva, que o comunica por telefone. Depois do choque ele decide conquistar, imediatamente outra noiva para se casar, mas este relacionamento também não dá certo e ele, novamente, é abandonado. Depois de novos momentos de desespero, angustia e trapalhadas, ele encontra uma solução inusitada para resolver seu problema amoroso. Um espetáculo para todas as idades e uma divertida brincadeira onde cada um tem o livre arbítrio de tomar como quiser seu conteúdo. O que é garantido com certeza é a diversão, as gargalhadas.
Ingressos na Biblioteca Pública Anísio Teixeira

domingo, 1 de outubro de 2017


Setes cidades do Oeste da Bahia, entre os meses de julho e agosto de 2017, receberam a circulação do espetáculo de teatro de rua “CARRANCA”, com os atoresGilberto Morais e Marcus Vinicius da Cia de Teatro Mistura de Ibotirama. No primeiro mês da turnê, o espetáculo foi apresentado para uma média de 500 pessoas, importante citar que esse projeto não foi patrocinando por instituições públicas ou privadas, mas teve a contribuição mais democrática do mundo, através do "Chapéu", pois artista de rua vive do seu chapéu e no final de cada apresentação, o chapéu era passando, assim conseguimos circular e custear as despesas. Mas também teve a contribuição e articulação de amigos da REDE de Teatro do Velho Chico, tornado possível realizar 13 apresentações em ruas, praças, pontos de cultura e escolas dos três territórios de identidade ribeirinha; Velho Chico, Bacia do Rio Grande e Bacia do Rio Corrente. 
A Circulação do espetáculo deu início no dia 13 de julho. As andanças pelas beiras de rios, pegando carona, literalmente, no projeto Formação de Multiplicadores: em Elaboração e Gestão de Projetos Culturais, da ASCONTEC, atividades coordenadas por Cleber Eduão, grande amigo e parceiro da CTM, nas duas cidades seguintes ele executou a trilha sonora ao vivo do trabalho. A primeira apresentação foi realizada no território Bacia do Rio Grande em Barreiras (Terra do Mestre Nego, carranqueiro), Ponto de Cultura Flor do Trovão, na plateia tinham artistas, gestores, multiplicadores e Coord. Pedagógicos que participaram das atividades formativas da ação citada a cima, compareceram 80 pessoas que curtiram além do espetáculo de teatro uma na noite cultural regada a poesias e música instrumental.
Ainda de carona, CARRANCA, seguiu no dia 20 de julho para as beiras de rios, a caminho da cidade de Santa Maria da Vitória, território Bacia do Rio Corrente, terra da origem dos grandes mestres das carrancas, Francisco Biguida La Fluente Guaranyr, Mestre Branco e Junior Guaranyr. Foi simplesmente uma honra para o ator Gilberto Morais, molhar os pés em águas Santa-mariense, e pisar em terras carranqueiras, foram bem acolhidos pelos produtores locais, Paulo Quilombo, que cuidou da produção local junto com Hemerson Pachamama, representante do grupo de teatro local. Apresentação foi realizada na praça Jardim do Jacaré, para um público de 200 pessoas, envolvendo artistas entre outros, que foram se aproximando através das crianças, meninos curiosos, que puxavam os braços dos pais, pra ver as carrancas em exposição. E o personagem Zé das Carrancas recebe o público com muito causo, uma dosinha de cachaça e as cantigas de beira de rio. Tudo isso sobre o cartão postal da passarela/ponte que liga SAMAVI a São Felix do Caribé, sobre as aguas do Rio Corrente, ainda forte.
Dando continuidade à circulação o espetáculo CARRANCA, a equipe perdeu a carona, foi se aventurar nas viagens de ônibus, em companhia do regueiro Adriano Casa Nova, músico que ficou responsável pela trilha sonora do espetáculo. De volta ao território Velho Chico, mas dessa vez a caminho de Oliveira dos Brejinhos, cidade que passava o Rio Paramirim, hoje só resta o arreião. A CTM foi convidada pelo diretor Danilo Ormonde da Escola Estadual Romulo Galvão para Inauguração do espaço cultural. Aop todo foram mais de 300 alunos que assistiram ao trabalho no período matutino e noturno.
  A quarta cidade a receber o trabalho de teatro de rua foi Riacho de Santana, o local da apresentação estava acontecendo a ExporRiacho - Feira Agropecuária e de Meio Ambiente. A participação da CTM ficou por último na grade de atividades culturais, foi uma exigência dos atores Gilberto e Marcus, para poder ter um público concentrado, e aí depois dos grupos populares de reisado, formou-se uma roda de 300 pessoas curiosas para ver as carrancas.
E para encerrar o mês de julho, o trabalho seguiu na trilha de Muquem de São Francisco, local de origens ribeirinha, comunidade indígenas e quilombolas, banhada pelo Rio São Francisco. O convite foi realizado através do Grupo de Teatro e Dança Chamas Vivas, sobre coordenação de Welliton e Jacione que solicitaram fazer a produção da CTM com esse trabalho de rua. O Grupo no propósito de fazer intercambio teatral em Muquem terra onde o ator Gilberto Morais, deixou uma sente do teatro acessa, parece que até hoje ainda queimam, os meninos mantem com um grupo de jovens fazendo muita arte, com apoio do poder público municipal e outros parceiros. Foi muito bonito em plena segunda feira a praça Jaime Oliveira do Amor lotada, com umas 200 pessoas que deixaram suas casas e as novelas das tvs para ver teatro, teatro de rua, ver carranca.  

terça-feira, 26 de setembro de 2017

AS OFICINAS DO PROJETO ENCANTOS DA BACIA 2017 TIVERAM UMA EXCELENTE PARTICIPAÇÃO!

Nos dias 06, 16, 17,21 e 22 de Setembro de 2017, aconteceram no Ponto de Cultura Tarrafa Cultural, as Oficinas do Projeto Encantos da Bacia 2017. No dia 06 tivemos Oficina sobre Elaboração de Projetos/Prestação de Contas; no dia 16 Oficina sobre introdução ao Clique Fomento; no dia 17 Oficina sobre “Música e Educação” e nos dias 21 e 22 Oficina sobre Confecção de Instrumentos Percussivos. Os mediadores das Oficinas foram Cléber Eduão e Gerri Cunha.
indígenas, fundo de pastos, assentamentos e comunidades rurais de 07 municípios do Velho Chico, além de estudantes de Escolas Famílias Agrícola, artistas, gestores/as e demais agentes culturais, perfazendo um total de 110 participantes, um número equivalente ao previsto. Durante as oficinas foram distribuídas camisetas do projeto, jornais informativos e CDs Encantos da Bacia Ano II.
A Programação Musical do Projeto acontecerá nos dias 10 e 11 de Novembro de 2017, na Praça de Eventos Ives de Oliveira, envolvendo 20 artistas da Bacia do São Francisco.
O Projeto Encantos da Bacia tem apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura da Bahia, Secretaria da Fazenda, Fundação Cultural do Estado da Bahia, Secretaria de Cultura do Estado. Apoio do Balaio de Gente, Secretaria de Cultura de Ibotirama e Fundifran.

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Caetité recebe circulação de teatro do Grupo Coato de Salvador


Caetité recebe entre os dias 19 e 23 de setembro a circulação do Projeto Abrindo Arquivos no Sertão Produtivo, do Coletivo COATO. Este projeto, prevê: a circulação do espetáculo teatral “Arquivo 64/15 - Porões da Ditadura”, a realização de uma oficina de “Teatro Documental: Arquivos de lembranças, memórias e esquecimentos” e uma sessão de cinema com a exibição do filme documentário Retratos de Identificação”, em cinco municípios do Estado da Bahia pertencentes ao Território de Identidade do Sertão Produtivo: Brumado, Caetité, Dom Basílio, Livramento de Nossa Senhora e Guanambi. Essa ação é possível devido ao financiamento do Fundo de Cultura do Estado, através do edital de Territórios Culturais 2016 da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. Confira abaixo a programação em Caetité, que tem o apoio da Trupe dos Dobradores de Arte, da Casa Anísio Teixeira, da Prefeitura Municipal de Caetité via Secretaria de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo.
PROJETO ABRINDO ARQUIVOS NO SERTÃO PRODUTIVO -  CAETITÉ
DATA
ATIVIDADE
HORÁRIO
LOCAL

19/09
Terça
Sessão de filme
19:30
Cine Teatro Anísio Teixeira


20/09
Quarta

Apresentação de espetáculo para Escola
10:00
Tereza Borges de Cerqueira
Apresentação de espetáculo para a Escola
15:00
Tereza Borges de Cerqueira


21/09
Quinta
Oficina Formativa
08:00 às 12:00
Tereza Borges de Cerqueira
Apresentação de espetáculo para Comunidade
19:00
Casa Anísio Teixeira

22/09
Sexta
Oficina Formativa
08:00 às 12:00
Tereza Borges de Cerqueira
Apresentação de espetáculo para Comunidade
19:00
Casa Anísio Teixeira




















SOBRE O ESPETÁCULO:

Arquivo 64/15 – Porões da Ditadura

Sinopse
Este espetáculo se inicia com uma pesquisa no campo do teatro documental e épico. Trás para a cena elementos do teatro Brechtiano, buscando através de 5 recortes cênicos e performativos apresentar ao espectador arquivos reais da ditadura no Brasil, o debate e tentativa de entendimento dos fatos antigos e atuais que giram em torno da nossa conjuntura de vida em comunidade _social _ política _Tortura _ Exílio _ Desaparecidos _ Ocultação de cadáver _ Golpe de 64 _ Marcha da Família com Deus pela liberdade (versão 64/2015) _ Panelaço _ Arquivos _ Anistia _ menor idade penal _ PECs _ Lava-jato _ impeachment _ e mais... O trabalho em questão é um olhar artístico voltado para o social, que dialoga com o contemporâneo, o contexto histórico que levou o país ao Golpe de 64, e o atual quadro político que o Brasil se encontra. Consideramos que o presente é um retrato do passado devido a isso esta obra existe para provocar, no espectador, uma reflexão sobre o passado e sobre. Qualquer semelhança deve ser considerada. Queremos abrir os arquivos e entender a história.

ABORDAGEM HISTÓRICA
Ao longo da história desenhada pelos livros de educação fundamental e de ensino médio desse país, (afinal os livros norteiam a didática de sala de aula), poucas são as laudas que se dedicam a investigação dos assunto que dizem respeito aos 35 anos de regime ditatorial vivenciado no Brasil, sendo ainda mais difusa, ou até mesmo nulo, os registros históricos deste acontecimento no interior do Estado da Bahia. Como artistas nos colocamos o questionamento: até onde nossa população conhece a história do seu país? Qual tipo de informação tem chegado aos territórios mais afastados dos grandes centros de formação de opinião são as capitais e seus vorazes meios de comunicação em massa?
E com escassos registros historiográficos acerca desta temática, mostram que a região do Sertão Produtivo, centralizando Caetité, foi local de abrigo para estudantes/militante/artistas/políticos exilados, que divergiam da supremacia dos militares. Durante as primeiras viagens de Arquivo 64/15 ao interior da Bahia, atentamos as grandes reflexões que eram causadas nos debates após o espetáculo e como as histórias ali representadas em cena, motivavam a abrir outros arquivos pessoais sobre este acontecimento militar realizado nas décadas de 60 e 70.
Sendo assim, voltamos a sala de ensaios e organizamos uma itinerância entre 05 cidades do interior baiano que sofreram fortes impactos da ditadura civil-militar.Levando em conta a integração entre teatro, história, cinema, pedagogia, propomos uma programação diversificada teatro, oficinas formativas e cinema.

Arquivo 64/15 – Porões da Ditadura é um trabalho que se renova/atualiza a cada nova apresentação. Estamos em momento de transição política portanto a nossa arte precisa acompanhar as mudanças decorrentes do governo. Arquivo é atemporal e nasceu para ser assim, uma plataforma de comunicação direta com o outro capaz de expor e discutir a política, economia, direitos humanos no Brasil, é um provocador, te convida a se colocar em um jogo no qual você já faz parte.

Mazelas do passado que refletem no presente. Estamos de mãos atadas e com a corda no pescoço completamente amarrados pelo “sistema” e sem muita expectativa de mudança. _O que fazer? _Não Sei! _Uma solução? _Talvez exista. _Destruir tudo e começar do zero?  _Dramático demais. Nos apegamos a ideia de que cada um constrói para si a paz que deseja, portanto não há uma paz coletiva que abrace a todos resolvendo todos os problemas, a paz é plural. Queremos apenas fazer com que a nossa geração considere o passado como experiência viva e não como uma empoeirada aula de história.

Ficha técnica
Realização Coletivo COATO
Encenação/provocação: Marcus Lobo.
Produção Executiva: Marcus Lobo, Verena Guimarães e Jamile Cazumbá
Produção Local: Tally Gaia
Elenco: Danilo Lima, Mirela Gonzales, Natielly Santos, Simone Portugal.
Instalações cênicas: Bernardo Oliveira
Designer gráfico e fotografia: Giovani Rufino
Vídeos: João Gabriel Paz
Preparação corporal e coreografia: Danilo Lima
Operação de som e vídeo: Marcus Lobo e Ixchel Castro

Abaixo encaminho os links dos cartazes para baixarem e agregarem a reportagem.

CARTAZ DE DIVULGAÇÃO LOCAL:

CARTAZ DE DIVULGAÇÃO GERAL:

Att.

Tally Gaia
Produtora Local

terça-feira, 6 de junho de 2017

Projeto Piloto do curso de teatro de Igaporã fortalece Difusão de Grupos de Teatro da REDE

Ontem noite o Auditório Municipal de Igaporã recebeu o espetáculo Beijos Amiga do Grupo Imagem e ação de Caetité. A ação é pareceria entre a a Prefeitura e o grupo que coordena o Projeto Piloto do curso de teatro da Secretaria de Cultura da Cidade. Hoje o projeto atende com teatro e dança contemporânea quase 100 pessoas. Até o final do projeto serão em média dois espetáculos por mês na cidade, além das oficinas e ação de formação para estudantes, professores e comunidade em geral. Ao ver aquele auditório cheio de olhos brilhando ontem nos deu a certeza de estarmos no caminho certo. #teatrobonito

quinta-feira, 18 de maio de 2017

ENTREVISTA C/ Jainne Haiane do Grupo Art'Manha de Caetité



1 – VOCÊ JÁ CONHECIA O PROJETO MOSTRA DE TEATRO DO VELHO CHICO DA REDE E SEUS PRODUTORES? 
Sim. A dois anos.

2 – COMO OCORREU O PROCESSO DE PARTICIPAÇÃO DO GRUPO DE TEATRO NESSA III MOSTRA DE TEATRO DO VELHO CHICO?
Durante de uma reunião em Riacho de Santana para falar sobre a Mostra que aconteceria em maio de 2017 o Art’Manha entrou na lista dos que iam participar. A partir desse dia o grupo se mobilizou durante meses para marcar presença na III Mostra de Teatro da Rede Velho Chico. Um novo encontro aconteceu na Cidade sede da III Mostra, a cidade de Caetité onde também reside o nosso grupo, para oficializar o evento com os representantes dos grupos da cidade que iriam participar. Fechamos a estrutura do evento e cada grupo ficou com algumas tarefas como indicar um monitor para compor uma comissão para divulgação, organização e recepção dos outros grupos de fora inscritos. Durante a mostra o grupo esteve ativo participando das oficinas que aconteceram, ativo na organização e assistindo os espetáculos dos outros grupos. No sábado, último dia da Mostra os representantes dos grupos se reuniram numa oficina destinada aos mesmos onde também foram discutidas algumas questões sobre o evento e sobre onde seria a IV Mostra.

3 – SOBRE UM ASPECTO GERAL, O QUE VOCÊ PODERIA NOS FALAR SOBRE O PROJETO, AS OFICINAS E O FECHAMENTO.
Um pouco diferente da II Mostra, III Mostra veio com uma proposta diferente, com um sistema de colaboração entre os grupos participantes antes, durante e depois da Mostra. Houve uma interação entre os grupos, muita participação nas oficinas e o trabalho ainda continua.

4 – QUAL O APRENDIZADO QUE O PROJETO DEIXOU NA SUA VISÃO?      A importância de se trabalhar em rede e a importância dos grupos se fortalecerem entre si, criando vínculos para que haja uma comunicação entre eles e também que os trabalhos circulem de uma forma mais ampla.

5 – FALANDO UM POUCO SOBRE VOCÊ, ALÉM DO GRUPO DE TEATRO NA QUAL VOCÊ FAZ PARTE DA DIREÇÃO, EM 2013 A REDE DE TEATRO DO VELHO CHICO COMEÇOU AS ATIVIDADES, FALE SOBRE ESSA APROXIMAÇÃO, NOS FALE UM POUCO MAIS DOS PROJETOS NOS QUAIS TEM ATUADO E SE ALGUNS DOS PROJETOS NO QUAL ESTÁ ENVOLVIDO.
No ano de 2016 aconteceu a II Mostra de teatro da Rede Velho Chico na cidade de Bom Jesus da Lapa, foi onde fiquei sabendo da existência da rede. Neste ano participei da mostra pela primeira vez dentro de dois espetáculos “O Avarento” da Trupe dos Dobradores de Arte e “O Retábulo das Maravilhas” do Art’Manha e apesar de fazer parte do território que corresponde ao São Francisco Caetité foi escolhida para sediar a III Mostra como ocorreu no final de março deste ano. Já havia participado de outros projetos como o Festcasa que foi onde me formei atriz e o Festcasa em movimento nos anos de 2012 e 2014.

6 – ALGUM DOS PROJETOS EM QUE JÁ TRABALHOU SE ASSEMELHA AO PROJETO III MOSTRA DE TEATRO DO VELHO CHICO?
Sim, o Festcasa projeto onde me formei atriz. Muito se assemelham em relação a alguns pontos como serem abertos para o público por exemplo. Porém, a proposta principal de cada projeto, são um pouco distintas, no Festcasa projeto vinha com um curso de formação de agentes culturais na área de teatro e no final esses atores e atrizes formados no curso montavam 2 ou 3 espetáculos como forma de reunir e apresentar para toda comunidade Caetiteense o resultado do curso. No caso da Mostra, esses artistas formados anteriormente têm tido através da Rede, a oportunidade de serem vistos como profissionais da área teatral e o ponto principal, o intercâmbio entre grupos de diferentes cidades baianas já que a Mostra se estrutura hoje em dia de forma a abranger não apenas as cidades que formam o território do Rio São Francisco, mas também outros territórios como no nosso caso o Sertão Produtivo. Isto um significado imenso para a continuidade dos grupos teatrais das pequenas cidades baianas, para a formação de plateia e a valorização da arte nas cidades do interior. São dois projetos que não só se assemelham como também em veio para complementar o outro.

7 – PARA FINALIZAR, COMO VOCÊ AVALIA A PARTICIPAÇÃO DA SUA CIDADE JUNTO AO PROJETO? A PARTICIPAÇÃO DO GRUPO DE TEATRO E DEMAIS ENVOLVIDOS?

A tempos Caetité esperava por um evento como este, depois que a Casa Anísio Teixeira começou a passar por dificuldades financeiras a cidade se viu num processo de regressão de tudo que já havia conquistado até então na área artística envolvendo principalmente teatro. Uma das dificuldades era a valorização da população da cidade para com a arte, então a formação de plateia sempre foi um desafio junto a se produzir espetáculos de qualidade. Para a Mostra os 4 grupos de Caetité inscritos prepararam com muito empenho espetáculos de qualidade, mas já era de se esperar que houvessem cadeiras vazias dentro do Cine Teatro da Casa, porém para nossa surpresa e felicidade, toda produção do evento levou nossos espetáculos, tanto os nossos quanto os de fora, a lotarem e superlotarem A Casa Anísio Teixeira. A conclusão é que no final das contas todos os grupos, produtores, monitores, diretores, éramos um só grupo trabalhando num evento que ficou para a história da nossa cidade. 

quarta-feira, 17 de maio de 2017

NOTA DE REPÚDIO DA REDE SOBRE A PARTICIPAÇÃO DOS GRUPOS NA FESTA LITERÁRIA DE BARREIRAS - FLIB/2017

A REDE de Teatro Velho Chico, representada pelos grupos e Companhias de Teatro, ContraCapa e Imagem e Ação (Caetité), Ká Entre Nós (Macaúbas), Teatrando (Barreiras), Trakinus (São Desiderio), com pesar e indignação, informa a todos (as) interessados (as), o cancelamento das apresentações teatrais na FESTA LITERÁRIA DE BARREIRAS – FLIB, entre os dias 18 e 21 de maio de 2017, que aconteceriam no Centro Cultural Rivelino Silva de Carvalho e no Parque de Exposição Engenheiro Geraldo Rocha.

Tal fato se deu pelo descumprimento por parte da Prefeitura de Barreiras, uma das realizadoras da FLIB, em relação ao repasse em tempo hábil, do valor de R$ 6000,00 (seis mil reais), acordado com devida antecedência, entre o Departamento de Cultura de Barreiras, na pessoa da senhora Emília Moreno, a Coordenação geral da FLIB e a produção local.

 Apesar de toda demanda burocrática para liberação de tão irrisória quantia ter sido cumprido em tempo hábil pela REDE, o descumprimento de última hora de tão importante acordo, gerou uma profunda frustação dos grupos envolvidos, uma vez que alteraram suas agendas, na tentativa de levarem suas estéticas teatrais a comunidade barreirense, e assim, somarem as atividades da FLIB.

É importante informar também, que todos artistas envolvidos, se dispuseram  a participar desse importante evento, independente do insignificante pró-labore que cada grupo receberia para, não só, se deslocarem de suas devidas cidades, como também, para custearem a alimentação e outras despesas, durante a permanência em Barreiras, pois a produção local não contava com mais nenhum outro tipo de apoio financeiro.

Entendendo que o “fazer teatral” é o lugar sagrado do ator, da atriz, obviamente o cancelamento da participação dos grupos da Rede de Teatro Velho Chico, na 2ª FLIB, gerou um mal estar em todos artistas envolvidos, até porque, houve um investimento de tempo para as devidas adaptações de cada obra, em função das condições técnicas do Centro Cultural de Barreiras. Isso sem pontuar o desgaste da produção local na negociação das demandas para a realização da “programação das artes dramáticas”.


 Apesar de tudo, como REDE de TEATRO - procurando sempre fortalecer os grupos a nível Municipal, Territorial e Estadual - continuamos firmes no nosso árduo e prazeroso oficio de “TEATREIROS”, de profissionais da arte, da criação. Assim, REPUDIAMOS VEEMENTEMENTE a forma desrespeitosa que o teatro, como uma linguagem e uma manifestação cultural importante, foi tratada por uma prefeitura que intitula “Barreiras, Capital da Cultura”.  

terça-feira, 16 de maio de 2017

Lançamento do Livro Historia de Teatro e pôr do Sol de Aliomar Pereira

O projeto de lançamento do livro "Historia de Teatro e pôr do Sol" do diretor de teatro Aliomar Pereira, tem apoio financeiro da Prefeitura municipal de Ibotirama através das Secretarias de Cultura e Sec. de Educação. O livro foi diagramado, editado e lançado pela Editora Teatro Popular de Ilhéus, instituição parceria da Rede de Teatro do Velho Chico e do Teatro de Ibotirama. Este livro representa para o teatro da Bahia a persistência e a força que se fez durante a vida de um grande homem de teatro, com objetivo de educar, formar cidadão, através da linguagem do teatro no Oeste do Estado. Hoje de ante da visão do Ator Gilberto Morais que fez teatro com Aliomar e continua com a mesma chama do teatro, que foi acessa pelo mestre Aliomar ele Morais diz "Hoje Eu percebo que o objetivo repassado por Aliomar, foi a utilização das problemáticas cotidianas, como ferramentas para espelhá-las em personagem e estudos apresentadas aos componentes dos grupos em seu tempo histórico, como estratégia de construção para se fazer do teatro algo político, educacional, verdadeiro e real no mundo, seja, ele em um grupo, bairro, sociedade, região, território, na Bahia, no Brasil e no mundo. Em Ibotirama existe um método de se fazer Teatro, que para descobrir precisa presenciar de forma direta, a construção coletiva dos grupos, suas histórias, ao pôr do Sol no cais de Ibotirama as margens do Rio São Francisco que é palco do teatro. 
(Texto de Gilberto Morais).
O escritor, ator, diretor de teatro e ex-bancário Aliomar Pereira lançará no dia 20 de maio (sábado), a partir das 19h30, na Câmara de Vereadores de Ibotirama (BA), o livro “Histórias de Teatro e pôr do Sol.
Uma obra primorosa que retrata a luta de um visionário que conseguiu mudar os rumos da sua vida e uma cidade inteira através da ARTE.
Amantes da cultura, do conhecimento e do teatro não podem faltar a esse grande encontro, afinal, todos fazem parte dessa história.
Sobre o autor – Aliomar Joaquim Pereira é pós-graduado em Psicopedagogia. Natural de Boa Esperança, lugarejo ao pé da serra do Município de Oliveira dos Brejinhos-Ba. Nasceu no dia 12 de Dezembro de 1950, do casal Estevam Joaquim Pereira e Hilda de Oliveira Pereira, ambos já falecidos.
Aos 18 anos foi estudar em Januária-Minas Gerais, onde se confirmou sua facilidade para a arte teatral, indo em 1972 para São Paulo onde fez faculdade e adquiriu novos conhecimentos para garantir toda uma experiência para realizar o trabalho dramatúrgico que desenvolveu em Ibotirama e cidades circunvizinhas no interior baiano a partir de 1977 até 2011.
Nesse interim, preparou e dirigiu 20 grupos, que apresentaram 61 peças teatrais. Algumas de autoria dos próprios grupos, mas de grande seriedade: “Alerta Cotidiano”, “Trapos Humanos”, “A Vida é mesmo assim?”, “O tribunal”, “Lições de Cidadania”, “Qualquer semelhança não é mera curiosidade”, “Há mais mistério entre o Céu e a Terra” , “Muro, Muralha”, com o qual participou em 1987 do Festival Independente de Teatro Amador, de Marechal Rondon, em Salvador, que lhe valeu 07 troféus, dentre os quais configuram “Melhor Direção” e “Melhor Espetáculo”. Montou também textos dos  autores consagrados, a exemplo de “Morte e Vida Severina”, de João Cabral de Melo Netto e “A Bruxinha que era boa”, de Maria Clara Machado; e tem seu nome na Ficha Técnica, na função de Casting-Ibotirama,   de “Lamarca, o Filme”, dirigido por Sergio Rezende.
Por Kelly Bessa

domingo, 14 de maio de 2017

FESTA LITERÁRIA DE BARREIRAS ABRE ESPAÇO PARA O TEATRO DO OESTE

A Rede de Teatro do Velho Chico parabeniza e agradece pela articulação que os produtores locais da cidade de Barreiras Ramon Sousa da Cia Teatrando e Ananias Serranegra da cia de teatro Mistura e Mistura produções estão fazendo  para convidar os grupos que fazem parte desta REDE, e assim os mesmos apresentarem seus espetáculos, são seis grupos de teatro e dos sete espetáculos, quaatro fizeram parte da programação da III Mostra que foi realizada em Caetité a dois meses atrás, e essa semana os grupos pegam a estrada a caminho do Oeste da Bahia, a galera vai complementar a programação da Festa Iteraria de Barreiras .
Confiram uma linda programação da FLIB - FESTA LITERÁRIA DE BARREIRAS, com Grupos de Teatro das cidades de Caetité, Ibotirama, Macaúbas, Barreiras e São Desidério. São seis espetáculos ao todo e as apresentações estão previstas para o Centro Cultural Rivelino de Carvalho (Casa da Cultura), No centro Histórico e também No Parque de Exposições Eng. Rocha, na Flibinha.
REALIZAÇÃO 
Prefeitura de Barreiras 
UNEB - Campus IX de Barreiras 
UFOB - Universidade do Oeste da Bahia 
IFBA - Instituo Federal Campus de Barreiras







quinta-feira, 11 de maio de 2017

ENTREVISTA C/ Thiago Azevedo da Cia. Imagem e Ação de Caetité

1 – VOCÊ JÁ CONHECIA O PROJETO MOSTRA DE TEATRO DO VELHO CHICO DA REDE E SEUS PRODUTORES?
Sim, passei a ter conhecimento da Mostra quando foi realizada em Bom Jesus da Lapa, em sua segunda edição em 2016. Três grupos de minha cidade tiveram a oportunidade de apresentar seus espetáculos e assim, pudemos nos aproximar e fazer parte da rede.

2 – COMO OCORREU O PROCESSO DE PARTICIPAÇÃO DO GRUPO DE TEATRO NESSA III MOSTRA DE TEATRO DO VELHO CHICO?
Após o termino da II Mostra em Bom Jesus da Lapa, foi decidido que a III Mostra aconteceria em Caetité, em 2017. Nosso grupo, Cia de teatro Imagem e Ação, ficamos muito felizes com a notícia pois, na II Mostra, não estávamos tão bem estruturados para a participação do mesmo e, com pelo menos um ano para poder produzir um novo espetáculo para a Mostra que aconteceria em nossa cidade, recebemos o convite para nos ingressar na Rede e assim, podermos participar da III Mostra em nossa cidade.
3 – SOBRE UM ASPECTO GERAL, O QUE VOCÊ PODERIA NOS FALAR SOBRE O PROJETO, AS OFICINAS E O FECHAMENTO.
O projeto é espetacular, pois faz com que os grupos se interajam e assim, os eventos ficam mais fáceis de serem organizados, planejados e executados. As oficinas são de grande valia, pois os grupos geralmente não possuem tal recurso para poderem custear oficinas para seus integrantes, e a troca de conhecimento realizada durante as oficinas fazem com que todos adquiram novos conhecimentos. O fechamento da Mostra nos traz a certeza de que o trabalho não vai parar, pois o laço que foi feito entre os grupos será para gerações desfrutarem de teatro e assim, fazermos com que as pessoas se interessem ainda mais pela arte. 

4 – QUAL O APRENDIZADO QUE O PROJETO DEIXOU NA SUA VISÃO?
O aprendizado em minha opinião, todos levaram dessa Mostra é de que juntos, podemos fazer com que a Arte seja levada a sério e que as pessoas poderão ter a oportunidade de poder contribuir com Ela, como expectador ou como atuante. Nosso papel é muito importante para que a Arte não acabe e que possamos viver dela ainda mais em nosso dia-a-dia.

5 – FALANDO UM POUCO SOBRE VOCÊ, ALÉM DO GRUPO DE TEATRO NA QUAL VOCÊ FAZ PARTE DA DIREÇÃO, EM 2013 A REDE DE TEATRO DO VELHO CHICO COMEÇOU AS ATIVIDADES, FALE SOBRE ESSA APROXIMAÇÃO, NOS FALE UM POUCO MAIS DOS PROJETOS NOS QUAIS TEM ATUADO E SE ALGUNS DOS PROJETOS NO QUAL ESTÁ ENVOLVIDO.
Faço teatro oficialmente a 4 anos, quando me inscrevi para participar do II Fest Casa, projeto realizado junto a Casa Anísio Teixeira, com parceria da Renova Energia, do projeto Cata-Vento. Após o termino do curso, reuni com alguns amigos que também participaram do curso e fundamos a Cia de Teatro Imagem e Ação, em 05 de abril de 2014 e de lá pra cá, produzimos 3 espetáculos, sendo O Tipo Brasileiro, O Reizinho Mandão e mais recentemente, Beijos, Amiga!; e algumas esquetes que apresentamos em eventos na cidade.
Conheci projeto da Mostra do Velho Chico através das redes onde, na II Mostra, grupos de Caetité tiveram a oportunidade de participar e, tal trabalho tão reconhecido, que foi lançado que a III Mostra seria realizada em nossa cidade em 2017. Assim, como grupo núcleo da Casa Anísio Teixeira, podemos ter a oportunidade de mostrar nossos trabalhos e nos ingressar na Rede, podendo assim, apresentar na III Mostra.

6 – ALGUM DOS PROJETOS EM QUE JÁ TRABALHOU SE ASSEMELHA AO PROJETO III MOSTRA DE TEATRO DO VELHO CHICO?
Não, fazíamos apenas apresentações avulsas e não havíamos tido a oportunidade de nos inscrever em algum projeto.

7 – PARA FINALIZAR, COMO VOCÊ AVALIA A PARTICIPAÇÃO DA SUA CIDADE JUNTO AO PROJETO? A PARTICIPAÇÃO DO GRUPO DE TEATRO E DEMAIS ENVOLVIDOS?
Caetité recebeu muito bem a III Mostra do Velho Chico, muito prazeroso ver as pessoas nos elogiando pelos trabalhos locais, pelas apresentações dos parceiros de outras cidades, pelo envolvimento de todos em fazer o melhor. Nosso grupo pode perceber que temos muito a evoluir em vários aspectos, pois tanto conhecimento mostrado e dividido entre vários grupos presentes, nos fez perceber que o trabalho não pode parar e que temos sempre que nos aperfeiçoar, para assim, mostrarmos um trabalho de qualidade para todos ali presentes.
O público de Caetité está de parabéns, pois em apresentações que realizávamos no espaço da Casa, não teve uma quantidade de pessoas tão grande quanto na Mostra. Assim que divulgados os espetáculos, os ingressos se esgotaram rapidamente e as apresentações sempre com um ótimo público, fazendo com que a produção se desdobrasse para arrumar mais acentos para aqueles que não conseguiram adquirir seus ingressos a tempo.
Resumindo: III Mostra de teatro do Velho Chico foi um show de Arte e diversidade de apresentações para todos os gostos, nos dando uma responsabilidade ainda maior para a IV Mostra, que será realizada em duas cidades do oeste da Bahia, Barreiras e São Desiderio.